sábado, 25 de fevereiro de 2012

Altas horas


Tarde da noite, depois de uma semana de trabalho mouro e um happy hour básico com amigos, subo silenciosamente os 19 degraus que me separam da realidade e adentro meu mundo caoticamente customizado. Ainda com a cabeça ecoando as últimas músicas ouvidas no carro, vou direto para o banho e depois me enrolo numa grande toalha, com preguiça de me enxugar. Mesmo depois da cachoeira gelada, o cérebro ainda entorpecido me leva sonâmbula para a cama.
Para minha doce e feliz surpresa, ao acender o abajur, ao lado da cama está o Ric - amoroso, divertido e extremamente cool - me esperando,  num desconcertante e tranquilo bom humor, sem questionar os porquês de eu chegar àquela hora, nem nada. Ao fundo, Lobão canta "Vou te levar". Depois de conversarmos sobre o dia e trocarmos um pouco de carinho e confetes, ele pergunta do que sua loba gostaria. Pergunta difícil de responder, considerando por um lado o estado de pré-coma da hora e por outro a possibilidade de finalizar a noite comme il fault ... Troco a toalha pelo lençol geladinho e deito.
Então...  Ric começa a acariciar meu rosto e passar os dedos pelos meus cabelos. Suavemente me abraça e distribui beijinhos, perguntando se pode ficar comigo, fazendo só o que eu permitir. Parece sonho de consumo, vamos combinar... O abraço ficando mais apertado, hálito quente no pescoço... Lobão canta "Mais uma vez". É quando peço pro Ric ficar só de conchinha me protegendo e ele promete me ninar até eu pegar no sono. Afinal, quero me lembrar de tudo pela manhã, e meu sono incontrolável pode atrapalhar essa nossa primeira noite.  Meu querido e doce gentleman assim o faz. E quando acordo ele está ainda dormindo ao meu lado, totalmente off e desconectado.

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