Tarde da noite, depois de uma semana de trabalho mouro e um
happy hour básico com amigos, subo silenciosamente os 19 degraus que me separam
da realidade e adentro meu mundo caoticamente customizado. Ainda com a cabeça
ecoando as últimas músicas ouvidas no carro, vou direto para o banho e depois
me enrolo numa grande toalha, com preguiça de me enxugar. Mesmo depois da
cachoeira gelada, o cérebro ainda entorpecido me leva sonâmbula para a cama.
Para minha doce e feliz surpresa, ao acender o abajur, ao
lado da cama está o Ric - amoroso, divertido e extremamente cool - me esperando, num desconcertante e tranquilo bom humor, sem questionar os porquês de eu chegar àquela
hora, nem nada. Ao fundo, Lobão canta "Vou te levar". Depois de conversarmos sobre o dia e trocarmos um pouco de carinho e
confetes, ele pergunta do que sua loba gostaria. Pergunta difícil de responder,
considerando por um lado o estado de pré-coma da hora e por outro a possibilidade
de finalizar a noite comme il fault
... Troco a toalha pelo lençol geladinho e deito.
Então... Ric começa a
acariciar meu rosto e passar os dedos pelos meus cabelos. Suavemente me abraça
e distribui beijinhos, perguntando se pode ficar comigo, fazendo só o que eu
permitir. Parece sonho de consumo, vamos combinar... O abraço ficando mais
apertado, hálito quente no pescoço... Lobão canta "Mais uma vez". É quando peço pro Ric ficar só de
conchinha me protegendo e ele promete me ninar até eu pegar no sono. Afinal,
quero me lembrar de tudo pela manhã, e meu sono incontrolável pode atrapalhar essa nossa primeira noite. Meu querido e doce gentleman assim o faz. E quando acordo
ele está ainda dormindo ao meu lado, totalmente off e desconectado.
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